Tipos de febre: 4 classificações que você deve saber
A febre é uma das reações mais comuns do corpo quando algo não vai bem. É um sinal de que o organismo está lutando contra infecções, vírus ou inflamações. Apesar de ser um sintoma conhecido, nem todo mundo entende que existem diferentes tipos de febre, e que cada um deles pode indicar uma situação distinta.
Saber reconhecer o tipo e a intensidade da febre é fundamental para entender quando ela é passageira e quando é preciso buscar ajuda médica. Afinal, o aumento da temperatura corporal pode ser tanto uma resposta natural quanto um sinal de alerta.
Quando a temperatura sobe: o que é considerado febre?
Antes de entender os tipos, é importante saber o que, de fato, é considerado febre. A temperatura normal do corpo humano varia entre 36°C e 37,2°C. Abaixo disso, temperatura de 35,5º, por exemplo, não é o esperado. Acima disso, já se considera que há um aumento, que pode ser leve, moderado ou alto.
Mas há um detalhe importante: a temperatura pode mudar ao longo do dia e de pessoa para pessoa. É comum que, no final da tarde, o corpo esteja naturalmente mais quente. Ainda assim, temperaturas acima de 37,5°C merecem atenção.
1# Febre baixa ou leve
A febre baixa acontece quando a temperatura corporal fica entre 37,3°C e 38°C. É o tipo mais comum e geralmente indica uma resposta leve do corpo a uma infecção ou processo inflamatório. Normalmente, vem acompanhada de sintomas como cansaço, dor de cabeça leve e calafrios.
Esse tipo de febre costuma desaparecer sozinha em um ou dois dias, sem necessidade de medicamentos específicos. É o corpo reagindo de forma natural para combater algo. O ideal é manter-se hidratado e descansar. Caso a febre persista ou aumente, é hora de investigar.
2# Febre moderada
Quando a temperatura sobe para 38°C a 39°C, considera-se febre moderada. Nesse estágio, o corpo já está em um processo mais intenso de defesa. É comum sentir dores musculares, fraqueza e aumento dos batimentos cardíacos.
A febre moderada geralmente aparece em infecções virais mais fortes, como gripe, dengue ou até amigdalite.
Embora ainda seja uma reação controlada, é importante observar se o quadro vem acompanhado de outros sintomas preocupantes, como dor intensa, vômitos, rigidez na nuca ou manchas na pele.
Nessas situações, não é apenas a febre que deve ser tratada, mas também a causa que está por trás dela. Compressas mornas, boa hidratação e repouso ajudam, mas se persistir por mais de 48 horas, é recomendado procurar um médico.
3# Febre alta
A febre alta ocorre quando a temperatura ultrapassa 39°C. Esse tipo já exige mais cuidado, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. É sinal de que o corpo está enfrentando uma infecção mais séria ou que algo não está funcionando bem no sistema imunológico.
Quando chega a esse ponto, o risco de desidratação e convulsões febris aumenta. Por isso, a orientação é procurar atendimento médico, especialmente se vier acompanhada de sintomas como confusão mental, dificuldade para respirar ou dor intensa.
Medicamentos antipiréticos, como paracetamol e dipirona, podem ser usados conforme orientação médica, mas o foco deve ser descobrir o que está provocando a febre — e não apenas reduzi-la momentaneamente.
4# Febre prolongada ou recorrente
Esse tipo de febre acontece quando a temperatura corporal fica alta por mais de sete dias consecutivos ou quando desaparece e retorna depois de um curto período. Pode ser sintoma de doenças mais persistentes, como infecções bacterianas, problemas autoimunes ou até condições crônicas.
A febre prolongada nunca deve ser ignorada. Ela indica que o corpo está em um processo contínuo de defesa e que há algo mais sério acontecendo. Exames laboratoriais e acompanhamento médico são fundamentais para descobrir a causa e iniciar o tratamento adequado.
O que a febre realmente quer dizer
Em termos simples, a febre é uma forma de o corpo avisar que algo está errado, mas também é uma aliada na defesa. Quando a temperatura sobe, o ambiente interno se torna menos favorável para o crescimento de micro-organismos, o que ajuda o sistema imunológico a reagir com mais eficiência.
No entanto, mesmo sendo um mecanismo de proteção, ela deve ser observada com atenção. Se vier acompanhada de outros sintomas graves, persistir por mais de dois dias ou ultrapassar 39°C, o ideal é procurar orientação médica. Ignorar a febre por muito tempo pode mascarar doenças que exigem tratamento imediato.
Quando é hora de procurar um médico
Febres persistentes, muito altas ou acompanhadas de sintomas como convulsões, desmaios, rigidez na nuca ou manchas na pele exigem avaliação médica imediata. Também é importante buscar ajuda se a febre vier acompanhada de dor intensa no corpo, respiração ofegante ou confusão mental.
Cada corpo reage de uma forma, mas a febre sempre é um sinal de que o organismo está tentando dizer algo. E entender suas classificações ajuda a responder de forma mais segura e consciente a esse aviso que o corpo nos dá.



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